
Ainda em clima de Copa do Mundo Feminina, hoje vamos trazer algumas reflexões sobre a maternidade no esporte e direitos das jogadoras. A maternidade é ainda hoje um tabu dentro do futebol e um assunto extenso e delicado. Muitas jogadoras vivem o dilema entre ter filhos e a carreira, já que há pouco suporte para esse tipo de situação.
Em 2017, uma pesquisa da FIFPro (Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol – uma espécie de sindicato dos atletas) trazia que só 2% das jogadoras de futebol eram mães. Além disso, 47% das atletas da modalidade diziam que esperariam a aposentadoria do futebol para só depois tentarem engravidar.
Havia um receio muito grande por parte delas de perder o emprego e os direitos básicos. Isso porque não havia uma regra mundial no futebol que protegesse as jogadoras nesses casos. Mas nos últimos três anos isso vem mudando.
Mudanças na confederação a respeito da maternidade
A Fifa estabeleceu em 2021 aos seus 211 países-membros uma série de regras relacionadas a isso. Foram cinco mudanças no Regulamento de Status e Transferência de Jogadores e, entre elas, a implementação de direitos ligados à gravidez e à maternidade no futebol. As regras determinam:
- Licença maternidade mínima de 14 semanas com remuneração, com pelo menos oito semanas a serem tiradas após o nascimento do bebê.
- A validade do contrato não pode estar sujeita à gravidez ou ao fato da atleta exercer os direitos de maternidade de uma forma geral.
- A jogadora grávida pode escolher continuar a prestar serviços desportivos de forma alternativa, assim como determinar a data de início de sua licença maternidade e o retorno à atividade após o término da licença.
- Os clubes têm obrigação de fornecer instalações adequadas para uma jogadora amamentar e/ou ordenhar o leite materno após o retorno da licença maternidade.
Inovações para a Copa do Mundo
Em especial, no que diz respeito a esta Copa do Mundo Feminina na Austrália e Nova Zelândia, a Fifa diz ainda ter trabalhado em contato com as seleções para:
- Identificar instalações nos estádios para que as mães pudessem amamentar;
- Garantir a disponibilização de cadeiras de criança para os carros;
- Organizar transportes especiais para crianças na chegada;
- Trabalhar com as equipes para encontrar as famílias e amigos após os jogos.
Todas essas são mudanças comemoradas, mas carentes de evolução. A FIFPro, por exemplo, defende que as regras sejam aplicadas para seleções nacionais, e aponta a necessidade de licença para pais e mães não grávidas no caso de casais homossexuais, além da falta de regulamentação para casos de adoção ou de aborto.
E para conhecer um pouco mais das jogadoras mães da Copa do Mundo Feminina, o Globo Esporte preparou uma matéria bastante interessante sobre o tema.
Lembre-se: a diferença está no detalhe, empatia é fundamental e sempre é tempo de mudarmos nossa forma de pensar e agir.
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