
Em comemoração ao mês da mulher, falaremos sobre como a misoginia afeta diretamente as mulheres dentro de uma organização.
Você sabe o que é misoginia e as suas consequências na sociedade?
Recentemente a misoginia voltou à pauta social em decorrência de movimentos chamados “masculinistas”, que se popularizaram nos últimos anos de forma institucionalizada na medida em que os debates sobre gênero avançaram e a masculinidade se viu em crise.

A misoginia (miseó, ódio; gyné, mulher) é o ódio (desprezo, preconceito, repulsa, aversão) contra as mulheres/os femininos). A misoginia pode se manifestar de várias maneiras, incluindo a exclusão social, a discriminação sexual, hostilidade, androcentrismo, o patriarcado, ideias de privilégio masculino, a depreciação das mulheres, violência contra as mulheres e objetificação sexual.

Misoginia X Machismo X Sexismo – você sabe a diferença?
Machismo
Esses três conceitos podem estar relacionados, mas cada um deles tem especificidades importantes e, normalmente, são combatidos por quem defende as mulheres. É válido ressaltar que machismo, sexismo e até mesmo misoginia não são cultuados apenas pelo sexo masculino.
Há muitas mulheres que acreditam que são inferiores aos homens em certos aspectos e que não devem ter os mesmos direitos que eles. Esses valores costumam ser perpetuados, principalmente, na família, e aprendidos logo na primeira infância.
Misoginia
A misoginia é um sentimento de aversão patológico pelo feminino, que se traduz em uma prática comportamental machista, cujas opiniões e atitudes visam o estabelecimento e a manutenção das desigualdades e da hierarquia entre os gêneros, corroborando a crença de superioridade do poder e da figura masculina pregada pelo machismo.
Sexismo
O sexismo, por sua vez, pode ser definido como um conjunto de atitudes discriminatórias e de objetificação sexual que buscam estabelecer o papel social que cada gênero deve exercer. Para isso são utilizados estereótipos de como falar, agir, pensar e até mesmo vestir.
Misoginia no Brasil
A proposta que criminaliza a misoginia no Brasil, começou a tramitar no senado em 07 de março de 2023.
A exemplo do que aconteceu com o feminicídio, assassinato da mulher por discriminação de gênero ou violência doméstica, a misoginia pode virar crime. O termo define a prática de agredir, degradar ou discriminar a mulher por preconceito ao sexo feminino e pode ser incluído na Lei 7.716, de 1989, que trata dos crimes de racismo, homofobia e transfobia.
A proposta chegou ao Senado na forma de uma ideia legislativa apresentada pela psicóloga e pesquisadora da Universidade de Brasília Valeska Zanello. A intenção era incluir no rol dos crimes de preconceito a injúria, ofensa à dignidade ou ao decoro e o discurso de ódio, por meio de palavras, gestos ou atos, dirigidos a pessoas em razão do seu sexo feminino.
Em menos de uma semana, a ideia legislativa alcançou os 20 mil apoios necessários para tramitar no Senado na forma de Sugestão Legislativa.
Lembre-se: a diferença está no detalhe, empatia é fundamental e sempre é tempo de mudarmos nossa forma de pensar e agir.
Aguarde, na próxima sexta-feira, mais dicas da Rio Bravo para você.